Um dos elementos mais nobres do ser humano, na minha modesta opinião, ser livre. Pois bem, mas vamos refletir um pouco sobre isso, e mais precisamente acerca da liberdade econômica.
Ao procurar nos dicionários o conceito da expressão acima me deparo com: "Liberdade econômica é a situação em que as pessoas de uma sociedade, desempenhando um papel de agente econômico, podem escolher como usar o recurso de que dispõem - seja natural ou físico ou intangível, como sua força de trabalho ou sua força de empreendedorismo, de sua propriedade - sem ter de se sujeitar à qualquer ...".
Tanta informação importante no conceito acima e, ao ler e pensar a respeito, reflito se de fato temos executado isso em nosso meio social e econômico. A complexidade do conceito me faz pensar que as ações desta liberdade requerem uma sociedade extremamente evoluída. E para isso acontecer temos que de fato praticar, ou pelo menos, conhecer mais sobre a fraternidade, liberdade e a equidade. Analiso o nosso país hoje, e me pergunto várias vezes, será que realmente somos livres do ponto de vista econômico?
Transcrevo um simples exemplo, o transporte em nossas cidades. Atualmente, se tem as catracas, cancelas etc, para evitar o efeito do free rider (livre acesso) ao serviço. Acredito que, se de fato aplicássemos a liberdade econômica, nada disso seria necessário. Ou seja, todos os agentes econômicos com adequada renda per capita, sendo ela, distributiva e equitativa fariam o uso do serviço ou da compra do bem, com mais responsabilidade social e econômica. Todos pagariam o seu ticket sem um controle formal. Acho que isso é um sonho? Talvez, quem sabe?
Outro exemplo é o serviço de bancos ou instituições financeiras. No Brasil temos uma oferta oligopolista (um número pequeno de instituições oferecendo este serviço à sociedade). E será que precisamos dessa oferta? Não seria melhor a pessoa ter o total controle sobre as suas rendas sem ter que passar por uma prestadora de serviço do dinheiro? No Japão os trabalhadores recebem os seus salários in loco (isso é, em espécie, na própria empresa em que trabalha), e posteriormente, caso queiram, podem usar o serviço financeiro.
São apenas dois exemplos, dentre inúmeros que poderiam ser listados...
Enfim, dada a complexidade do tema apenas desejo a todos leitores uma reflexão sobre o assunto. Algumas "pistas para se fazer melhor a nossa sociedade". Contudo, confesso a vocês que precisa-se de muita coisa para se ter uma sociedade com liberdade econômica. Novos valores, novas instituições, nova cultura, e um novo pensar e entendimento econômico. Uma nova regra no meio social. Será possível? Não esmorecer no pensar nisso é a tendência! Precisamos de uma nova educação financeira em nosso meio dentre outras coisas... Reflitam!
Liberté, egalité, fraternité ou la mort!